Foi reiterado que, embora muitos países se encaminhem para um levantamento gradual das restrições, no que toca à ameaça do vírus nada mudou.
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Mantém-se a declaração de pandemia, decretada pela Organização Mundial de Saúde há precisamente três meses, no dia 30 de janeiro. Sem surpresa foi essa a recomendação do comité de emergência, que aconselhou o diretor-geral da OMS depois de uma reunião de seis horas, na quinta-feira, em Genebra.
Em conferência de imprensa, esta sexta-feira à tarde, foi reiterado que, embora muitos países se encaminhem para um levantamento gradual das restrições, no que toca à ameaça do vírus nada mudou. Continua a ser uma emergência de saúde pública internacional e os testes mostram que poucas pessoas tiveram contacto com o vírus, por isso ainda temos um longo caminho pela frente.
"As primeiras investigações sorológicas indicam que grande parte da população continua vulnerável, o que significa que o vírus tem oportunidade de infetar mais pessoas. É preciso mantermo-nos vigilantes porque este vírus gosta de procurar e explorar as falhas e aproveitar todas as oportunidades de infetar", explicou Maria Van Kerkhove, epidemiologista da OMS.
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Nesta conferência de imprensa foi divulgado um acordo com a Comissão Europeia e com o Banco Europeu de Investimento que vai dar novos meios à Organização Mundial de Saúde para o combate à Covid-19 e a outras doenças, como a Malária, numa altura em que os EUA anunciaram o corte do financiamento.
A OMS respondeu ainda aos que a acusam de ter decretado a pandemia tarde demais. A resposta é que na primeira reunião do comité de emergência, a 22 e 23 de janeiro, os peritos estavam divididos e pediram mais tempo para recolher mais informação.
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