A Europa está a ser afetada por uma onda de calor, com temperaturas de cerca de 40ºC na maior parte dos países, levando as autoridades a lançar alertas à população.
Corpo do artigo
O calor excecional que está a afetar a França causou a morte de mais três pessoas no sul e no leste do país, informaram este sábado as autoridades, aumentando para quatro o número de vítimas conhecidas da onda de calor no país.
No departamento de Vaucluse (sul), que está em alerta máximo, onde os 40ºC foram amplamente ultrapassados na sexta-feira, seis pessoas foram hospitalizadas em hipertermia, sendo que uma deles morreu e outra pode estar em risco de vida.
Já na quinta-feira, duas pessoas tinha morrido na cidade de Cernay, no leste do país, de acordo com o presidente da câmara, um homem octogenário e um trabalhador de cerca de 30 anos. Na quinta-feira, um carpinteiro de 33 anos que estava a trabalhar num telhado morreu.
A onda de calor excecional que afeta França e, em particular, o sudeste do país, levou na sexta-feira ao fecho de cerca de quatro mil escolas, uma vez que podiam não estar garantidas as condições de segurança, segundo o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe.
Na sexta-feira, pela primeira vez, a França ultrapassou a barreira dos 45ºC, com a comuna de Villevieille, no departamento de Gard (sul), a registar 45,1ºC.
Em Espanha, um jovem de 17 anos morreu na sexta de manhã num hospital em Córdoba, no sul do país, por causa de um golpe de calor que sofreu quando estava a trabalhar no campo, segundo a autoridade regional de saúde da Andaluzia.
A segunda vítima mortal registada foi um homem, de 93 anos, que desmaiou na noite de quinta-feira quando caminhava no centro de Valladolid, acabando por morrer "por causa de insolação", indicou um porta-voz da polícia local à agência de notícias France Presse.
Em Espanha decorrem grandes incêndios, um na Catalunha, que já destruiu mais de 6.000 hectares e está agora em vias de estabilização, e dois em Toledo, onde já arderam cerca de 3.600 hectares, além de outros para já de menor escala.
A vaga de calor tem origem no deserto do Saara e estará associada ao aquecimento global e a gases com efeito de estufa, segundo cientistas consultados pela agência de notícias francesa AFP.
Também o Reino Unido registou, este sábado, o dia mais quente do ano, com temperaturas até 33ºC e que continuarão a subir, previsivelmente, durante a tarde no Sul de Inglaterra, segundo a agência meteorológica do país. O recorde como o dia mais quente neste país foi em junho de 1976, com 35ºC.
O calor deverá baixar domingo por toda a Europa, ainda que as temperaturas se mantenham elevadas mesmo para esta época.