"Onda de mentiras e notícias falsas." Embaixada diz que "a Rússia não começa guerras, acaba-as"
A embaixada da Rússia em Portugal refere que o exército russo "continua a exercer uma operação militar especial com o objetivo de desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia" e considera que o "responsável pela destruição" é o regime de Kiev.
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A Rússia garante que o que está a acontecer na Ucrânia não é mais do que notícias falsas. Em comunicado, a embaixada da Rússia em Portugal contesta que o exército russo tenha começado uma guerra e apresenta uma versão bem diferente.
"Nestes dias tornamo-nos testemunhos de ondas de mentiras e notícias falsas sem precedentes, factos distorcidos e fabricados que visam desacreditar a ação da Rússia. A propaganda ocidental de estilo Goebbels deveria ser esperada. Não se pode confiar nesta. O público português o tem que perceber. A verdade é completamente diferente. Crimes contra a humanidade e violações do direito internacional humanitário têm sido cometidos pelas Forças Armadas da Ucrânia e grupos neonazistas, tais como "Azov" ou "Setor Direito" (Pravyi Sektor) e outros. Confirmações destes crimes estão acessíveis nas fontes abertas", afirma a embaixada numa publicação na rede social Facebook, sublinhando que "a Rússia não começa guerras - a Rússia acaba-as. 2 milhões de ucranianos que solicitaram, até ao presente momento, a sua evacuação para a Rússia (dos quais 140 mil pessoas já estão no nosso território), sabem isto muito bem".
"A Rússia continua a exercer uma operação militar especial com o objetivo de desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia", refere, acrescentando que "o objetivo de eliminar nazismo na Ucrânia e de a desmilitarizar será alcançado". "Os responsáveis pelo genocídio de 14 mil pessoas durante a guerra travada de 2014, por 8 anos, que Kiev começou contra o próprio povo e que estava a ser observada e encorajada pelo Ocidente, serão colocados perante a justiça."
Para a embaixada, o exército russo "não ocupa o território ucraniano e toma todas as medidas necessárias para preservar vidas e segurança dos civis. As instalações militares são alvos exclusivos de ataques realizados com armas de alta precisão".
"A parte ucraniana está a instalar lançadores múltiplos de mísseis e artilharia nas cortes de edifícios residenciais, hospitais, escolas e cresces. As Forças Armadas da Ucrânia, grupos nacionalistas e neonazistas estão a utilizar infraestruturas civis e população como escudos humanos. É essencial perceber a razão destas ações. Autoridades ucranianas e os seus patrões ocidentais têm cometido provocações desumanas para colocar culpa na Federação da Rússia. Mas de facto é o regime de Kiev que está plenamente responsável por destruição e vítimas inocentes", argumenta ainda a embaixada da Rússia em Portugal.
"O exército russo não está a combater contra Ucrânia, nem contra ucranianos", reforça.
"E mais um aspeto muito importante. Nestes dias temos recebido muitas queixas da comunidade russa residente em Portugal sobre a sua perseguição e discriminação, por simplesmente serem russos. Fixamos cada facto deste género e empreendemos, junto com as autoridades portugueses, todos os passos necessários para garantir a segurança e preservar os interesses legítimos da diáspora russa. Os culpados desses atos de intimidação e agressão em relação aos russos serão responsabilizados de acordo com a legislação portuguesa em vigor", finaliza.
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