Prevenção evitou tragédia de 2003, quando mais de 15 mil pessoas morreram durante uma onda de calor com 20 dias.
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As ondas de calor que atingiram a França durante junho e julho provocaram 1.435 mortes.
Segundo o ministro da Saúde francês, Agnes Buzyn, 567 pessoas morreram durante a primeira onda de calor no país, entre 24 de junho e 7 de julho, e 868 pessoas morreram entre 21 e 27 de julho. Metade das vítimas tinha mais de 75 anos.
Nos 18 dias de calor acima da média, a temperatura mais elevada foi registada em Verargues, no dia 28 de junho: 46ºC.
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Em entrevista à rádio francesa France Info, Agnes Buzyn diz que apenas graças à prevenção se evitou o cenário de 2003, ano em que se registaram 15 mil mortes depois de um onda de calor com 20 dias, incluindo oito dias consecutivos de temperaturas acima dos 40ºC.
A criação de fontes temporárias, o alargamento do horário das piscinas públicas, a criação de linhas de emergência e de "salas frescas" temporárias em edifícios públicos foram algumas das medidas tomadas pelo governo francês para combater o calor.
Para não agravar a qualidade do ar em Paris, os carros mais antigos foram proibidos de entrar na capital durante este período. A medida afetou 60% dos condutores parisienses e previa multas para os incumpridores.
Nos primeiros meses de verão Portugal escapou às ondas de calor que afetaram vários países na Europa central, mas na última semana a registar temperaturas acima da média para a época, com vários distritos em alerta vermelho para o tempo quente e seco.
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