Pyongyang já terá arrecadado mais de 2 mil milhões de dólares com recurso a assaltos.
Corpo do artigo
O regime da Coreia do Norte passou a ter, para a ONU, mais uma designação: a de ciber ladrão. Segundo um documento a que a agência Reuters teve acesso, os peritos da ONU que passaram os últimos seis meses a verificar a eficácia das sanções internacionais para travar os programas nuclear e balístico de Pyongyang descobriram que a elite norte-coreana desenvolveu uma forma simples e moderna de arranjar dinheiro.
Tudo se baseia em assaltos a bancos mas, em vez de armas reais, usa munições informáticas - ciberataques - dirigidos tanto a bancos comuns como a transações com criptomoedas, através de assaltos online que escapam mais facilmente ao controlo de governos e de entidades reguladoras.
Os ataques são conduzidos por uma unidade que integra as secretas militares norte-coreanas e, pelas contas dos peritos contratados pela ONU, foi desta forma que o regime conseguiu cerca de 2 mil milhões de dólares para alimentar o seu programa de armamento.
Nos últimos tempos, a Coreia do Norte levou a cabo numa série de testes de mísseis balísticos capazes de atingir a Coreia do Sul. Já os testes de mísseis intercontinentais e nucleares têm estado suspensos.
Pyongyang está proibida de importar petróleo, mas sabe-se que recorre à transferência de crude em alto mar de navio para navio. O país também está proibido de importar produtos de luxo, mas basta ver as imagens da frota automóvel na garagem do líder Kim Jong-Un.
Com este relatório já aprovado pelo Conselho de Segurança, as Nações Unidas ficam a saber de onde vem, pelo menos, parte do dinheiro.