O gabinete sublinha ainda os riscos de contágio com o coronavírus.
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A ONU alertou para uma potencial nova crise humanitária de refugiados sem abrigo que acampam ao ar livre na Bósnia-Herzegovina, em plena época de frio e da segunda vaga da pandemia de Covid-19.
Em comunicado, o gabinete da ONU no país balcânico exorta as autoridades a iniciarem "uma rápida ação para solucionar estas necessidades de forma urgente".
Os migrantes "estão expostos a baixas temperaturas e ao mau tempo, sem acesso aos serviços elementares", indicou.
O gabinete também sublinha os riscos de contágio da Covid-19.
"A ONU está profundamente preocupada por outra nova potencial situação humanitária que está a decorrer em algumas partes do país por falta de opções de abrigo para vários milhares de migrantes, refugiados e requerentes de asilo", assinala o comunicado.
A organização internacional pede uma aprovação "sem demora de uma estratégia global e um plano dirigido para melhorar e proteger os direitos humanos das pessoas em movimento, incluindo o mínimo essencial dos padrões de saúde, alojamento, proteção social e educação".
Vários milhares de refugiados encontram-se a céu aberto e em edifícios abandonados na zona de Bihac, noroeste bósnio, junto à fronteira com a Croácia, onde tentam passar para a União Europeia (UE).
Na Bósnia-Herzegovina têm-se repetido com frequência situações de crise com milhares de refugiados fora dos centros de acolhimento.
Atualmente, concentram-se nesses centros perto de sete mil refugiados do Afeganistão, Paquistão, Bangladesh e outros países.
No início de outubro, a ONU, UE e várias organizações não governamentais (ONG) criticaram o encerramento do centro de acolhimento de Bira, em Bihac, sem que até ao momento não tenha entrado em funcionamento a nova instalação de Lipa, nem proporcionado outro alojamento.