O Conselho de Segurança das Nações Unidas esteve reunido discutir a situação na cidade síria que tem estado sob fogo nas últimas semanas.
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"Vou ser absolutamente claro, mais uma vez: os ataques deliberados e diretos contra hospitais são crimes de guerra", afirmou o secretário-geral adjunto da ONU para os Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman.
Na reunião que juntou os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, Jeffrey Feltman realçou ainda que "utilizar a fome como arma de guerra é um crime de guerra" e defendeu a abertura de um inquérito sobre eventuais crimes cometidos na Síria pelo Tribunal Penal Internacional em Haia.
Também o responsável pelas operações humanitárias da ONU, Stephen O'Brien, condenou os "ataques indesculpáveis e profundamente perturbadores" a instituições médicas de Alepo. Os responsáveis por aqueles atos "devem entender que tais ações não podem ser e não serão esquecidos", afirmou, apelando para que os responsáveis sejam presentes à justiça.
"O regime já realizou mais de 300 bombardeamentos, 110 tiros de artilharia e lançou 18 mísseis e 68 bombas sobre a cidade nas últimas duas semanas", denunciou a embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power.
Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido acusaram o regime sírio de ter alimentado a escalada de violência, enquanto a Rússia, aliado de Damasco, destacou o papel de Bashar al-Assad contra os grupos terroristas em Alepo.
A cidade de Alepo tem sido devastada pelos combates entre o regime sírio e os rebeldes, para onde os Estados Unidos e a Rússia negociaram hoje uma trégua de dois dias.
O vice-embaixador da Síria na ONU, Mounzer Mounzer, afirmou que o que o Governo sírio tem feito na cidade de Alepo é "simplesmente cumprir a sua obrigação de proteger os seus cidadãos contra o terrorismo".