Este ano, diz a agência das Nações Unidas que trata das questões para os refugiados, já cruzaram o Mediterrâneo 366 mil pessoas. Um fluxo de pessoas que, segundo o ACNUR, não vai abrandar.
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O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados publiou um documento esta tarça-feira onde argumenta que se está a viver uma situação de emrgência e que "em 2015, o ACNUR estima que cerca de 400 mil pessoas peçam protecção aos estados europeus depois de atravessarem o Mediterrâneo. Em 2016 esse número pode atingir os 450 mil ou mais".
O pedido de ajuda em jeito de alerta chega no mesmo dia em que a organização das Nações Unidas revela que só na segunda-feira, cerca de sete mil pessoas entraram na Macedónia via Grécia, acrescentou a porta-voz, que se juntaram aos 5.600 que na quinta-feira passada atravessaram esta fronteira. Trata-se de um número recorde de imigrantes.
O ACNUR faz ainda as contas e sublinha que há atualmente 30 mil refugiados e imigrantes nas ilhas gregas, sendo que 20 mil destes estão na ilha des Lesbos, com o país a receber "alguns milhares" todos os dias.
"Parece que durante o fim de semana o número de chegadas à Grécia aumentou e depois diminuiu", disse a porta-voz do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados Melissa Fleming, acrescentando que "alguns milhares" de refugiados entram na Grécia todos os dias.
Mais de 4.500 estão na ilha de Kos, que recentemente assistiu a confrontos entre os imigrantes e a polícia grega, que no mês passado usou táticas pesadas para controlar a multidão.
Muitos dos que chegam à Grécia procuram continuar a viagem para o norte da Europa, tentando instalar-se nos países mais ricos, como a Suécia.