O governo iraquiano está a pôr em marcha um plano de segurança para defender a província de Bagdad, face ao aumento da violência.
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A Alta Comissária da ONU para os direitos do homem manifestou-se hoje «extremamente preocupada» devido às informações de execuções sumárias e extrajudiciais no Iraque, onde os rebeldes avançavam hoje em três eixos rumo a Bagdad, anunciou um porta-voz.
«A Alta Comissária Navi Pillay expressou profunda preocupação com a deterioração dramática da situação no Iraque», de onde vem «a informação sobre execuções extrajudiciais e sumárias e do deslocamento em massa de mais meio milhão de pessoas e onde os (insurgentes) tomaram esta semana uma sucessão de grandes cidades», disse Rupert Colville à imprensa.
Entre as mortes relatadas, estão execuções de 17 civis que trabalhavam com a policia, em Mosul, e pelos menos quatro mulheres suicidaram-se depois de terem sido violadas.
O governo iraquiano anunciou hoje que está a pôr em marcha um plano de segurança para defender a província de Bagdad dos rebeldes liderados pelo grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).
Um porta-voz do Ministério do Interior, que preferiu o anonimato, disse à agência EFE que o plano consiste na criação de vários postos de controlo dentro e fora da província de Bagdad.
Miguel Monjardino, especialista em Assuntos Internacionais, considera que o Iraque pode estar, mais uma vez, à beira de uma guerra civil.
Olhando para o papel que os EUA podem desempenhar nesta fase, este especialista adianta que pode passar por continuar a fornecer mais informações às forças iraquianas e poderão acelerar a venda de armamento.