A coordenadora da ajuda humanitária das Nações Unidas apelou, esta segunda-feira, ao governo da Síria para que autorize uma avaliação independente às necessidades humanitárias no país, onde a recente violência já terá feito mais de 1.200 mortos.
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«É importante que descubramos exactamente o que está a acontecer na Síria, para que possamos disponibilizar ajuda, se necessário. Espero que o governo da Síria autorize que seja realizada uma avaliação independente», adianta Valerie Amos em mensagem hoje divulgada.
O exército sírio tomou no passado fim-de-semana a localidade Jisr al Chughur, no noroeste da Síria, após uma campanha que começou na sexta-feira, segundo noticiou a televisão estatal em Damasco.
O exército sírio fala em confrontos com «grupos armados» na cidade de cerca de 50 mil habitantes, enquanto outras testemunhas, citadas por agências internacionais, falam de um motim e de retaliações metódicas e sangrentas por parte das autoridades.
Damasco chegou a comunicar que autorizava a entrada de uma missão humanitária no país, e até que esta se deslocasse até à cidade de Daara, onde começaram os protestos contra o governo.
Contudo, os elementos das Nações Unidas não chegaram a entrar no país, e o líder sírio tem ignorado tentativas de contacto telefónico do secretário geral Ban Ki-moon, segundo revelou na semana passada um porta-voz na ONU.
Na declaração de hoje, Amos afirma-se «profundamente preocupada» com a violência dos últimos meses no país, que já terá feito mais de 1.200 mortos e 10 mil deslocados.