O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados estima que a Faixa de Gaza possa viver mais 15 anos na miséria se o embargo económico e os bombardeamentos não terminarem.
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As Nações Unidas já tinham alertado que Gaza seria, em 2020, um lugar inabitável.
Com a destruição de, pelo menos, 30 túneis que ligam o território, Israel pretende impedir um ataque, mas impede também a passagem de ajuda humanitária e materias de construção.
Estes produtos, segundo a ONU, iriam potenciar o desenvolvimento económico da região.
Numa entrevista à Reuters, o chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados palestinianos tem dúvidas sobre se o cessar-fogo vai mudar algo.
Se o bloqueio económico - que dura desde 2007 - continuar, então a reconstrução vai demorar anos e anos. Tempo e dinheiro, sublinha o responsável.
Pierre krahenbul estima que os custos da reconstrução sejam de 8 milhões de euros para arranjar as ruas, casas, pontes e outras infra-estruturas que foram destruídas pelos ataques terrestres e aéreos do exército israelita.
A ONU sublinha que a prioridade é resolver a situação dos desalojados, estimados em 425 mil. No entanto, sem liberdade de acesso, de movimento, importação e exportação e liberdade da dependência de ajuda, a situação em Gaza não vai melhorar nos próximos 15 anos.