Um tribunal militar egípcio condenou hoje 11 membros da Irmandade Muçulmana a penas de prisão perpétua pela agressão a militares no Suez (nordeste do Egito), após a violenta repressão contra os apoiantes do Presidente islamita deposto.
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Os elementos do movimento, que apoia o ex-presidente egípcio Mohamed Morsi, são acusados de «disparar e adotar meios violentos» contra o exército na cidade portuária do Suez a 14 de agosto, depois da repressão militar contra os manifestantes islamitas que protestavam nas ruas do Cairo.
A mesma instância condenou outros 45 membros e simpatizantes do movimento a cinco anos de prisão. O tribunal militar absolveu oito réus. Estas são as primeiras condenações de membros do movimento islamita desde a destituição e detenção do ex-chefe de Estado egípcio Mohamed Morsi pelo exército no passado dia 03 de julho.
Desde essa data, as novas autoridades egípcias lançaram uma forte ofensiva contra a Irmandade Muçulmana, durante a qual mais de 1.000 pessoas, a maioria pró-Morsi, morreram e cerca de 2.000 membros do movimento foram detidos.
O julgamento destes 64 membros e simpatizantes da Irmandade Muçulmana na cidade do Suez começou no passado dia 24 de agosto.
O guia supremo Mohamed Badie e vários dirigentes do movimento estão a responder atualmente perante a justiça por «incitação ao assassínio» de manifestantes, tal como Morsi, que continua detido num local secreto.