Ópera Metropolitana de Nova Iorque vai exigir dose de reforço da vacina a partir de janeiro
A medida entra em vigor a partir do dia 17 de janeiro. A prestigiada companhia de Nova Iorque quer estar na vanguarda da saúde e segurança, dando o exemplo.
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É a primeira instituição cultural, em Nova Iorque, a avançar com esta exigência. A partir de 17 de janeiro, quem quiser assistir a um espetáculo da Ópera Metropolitana de Nova Iorque vai ter de estar vacinado com uma dose de reforço contra a Covid-19. Quem não tiver a vacina, não entra.
Quando reabriu há três meses, depois do encerramento provocado pela Covid-19, ainda a Ómicron não estava na pauta da Met Opera. Agora, com a nova variante a propagar-se a um ritmo acelerado, a prestigiada companhia de Nova Iorque anunciou que, a partir de 17 de janeiro, vai exigir a dose de reforço a todos os músicos e também ao público.
O diretor Peter Gelb explicou que, com três mil pessoas a circular diariamente na companhia, entre a orquestra, técnicos e administrativos, a Met Opera quer estar na vanguarda da saúde e segurança. A companhia quer dar o exemplo, numa altura em que o principal conselheiro da Casa Branca, Antony Fauci, renovou o apelo aos norte-americanos.
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"Se não está vacinado, apanhe a vacina. E em particular, com o cenário da Ómicron, se já está vacinado, leve a dose de reforço", disse.
A Met Opera é a primeira instituição cultural em Nova Iorque a exigir a dose de reforço, mas o diretor acredita que é uma questão de tempo até a medida ser aplicada em toda a cidade. Numa mensagem nas últimas horas, o presidente da câmara, Bill de Blasio, foi claro.
"Não podemos atrasar-nos com a Ómicron. Esta nova variante anda depressa. Nós temos de andar mais depressa", alertou.
A Universidade de Nova Iorque também vai exigir a dose de reforço a partir da primavera. Na Met Opera, além da dose de reforço, as máscaras vão continuar a ser obrigatórias. O diretor da companhia sublinha que o importante é garantir que Nova Iorque não volta a fechar até estarmos todos livres do vírus.
A Met Opera esteve fechada durante um ano e meio e teve prejuízos de milhões de dólares devido à Covid-19. Desde que reabriu no final de setembro, teve mais de 50 espetáculos, recebendo cerca de 160 mil espectadores.