O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, anunciou no domingo que a operação para a reconquista da cidade iraquiana de Mossul ao Estado Islâmico já teve início.
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"O tempo da vitória chegou e as operações para libertar Mossul começaram", disse o primeiro-ministro, numa declaração transmitida pela estação televisiva iraquiana Iraqiya. "Hoje declaro o início dessas operações vitoriosas para libertar-vos da violência e do terrorismo do Daesh", afirmou, dirigindo-se aos residentes da região de Mossul.
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O grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico (EI), que tomou vários territórios da Síria e do Iraque, em meados de 2014, declarando-os um "Califado Islâmico", tem sofrido derrota atrás de derrota este ano, preparando-se agora para uma ofensiva contra o seu principal reduto no Iraque: Mossul.
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O secretário da Defesa dos Estados Unidos da América, Ash Carter, disse no domingo que a operação de reconquista da cidade iraquiana de Mossul ao Estado Islâmico é decisiva para derrotar o grupo terrorista. "Este é um momento decisivo na campanha para aplicar a última derrota" aos extremistas do Estado Islâmico, disse Carter, num comunicado.
Carter manifesta confiança em que os aliados iraquianos dos EUA vençam o "inimigo comum e libertem Mossul e o resto do Iraque" do "ódio e brutalidade" do Estado Islâmico.
ONU preocupada com 1,5 milhões de civis
"Estou extremamente preocupado com a segurança de cerca de 1,5 milhões de pessoas que vivem em Mossul, que podem ser afetadas pelas operações militares para a reconquista a cidade" ao Estado Islâmico, disse Stephan O'Brien, secretário-geral adjunto das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários.
"As famílias estão expostas a um risco extremo de serem apanhadas entre dois fogos ou de serem alvo de atiradores", acrescentou, num comunicado. O'Brian disse ainda que, "no pior cenário", um milhão de pessoas pode ser forçada a abandonar as suas casas, dependendo da intensidade e extensão dos combates.