Num relatório feito a partir de testemunhos de opositores, esta ONG compara as torturas que estão a ser feitas na Síria às que aconteciam nos anos 70 e 80 neste país.
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O poder sírio está a torturar elementos da oposição a «níveis sem precedentes» como parte de um «ataque sistemático» à população civil, afirma a Amnistia Internacional.
«A amplitude da tortura e dos maus tratos na Síria chegou a um nível nunca visto ao longo dos anos e parece-se com a da era sombria dos anos 70 e 80», explica esta ONG, num relatório.
Publicado um dia antes de se cumprir um ano sobre a revolta contra o governo de Bashar al-Assad, este documento copntém o relato de 19 opositores sírios, refugiados na Jordânia, e identifica cerca de 30 métodos de tortura utilizados pelas forças de segurança do regime de Damasco.
Golpes, insultos, ameaças, choques elétricos, violações, agressões, submissão e outros vexames são alguns dos métodos dos regime de al-Assad denunciados neste relatório a partir destes testemunhos e que é classificada por uma responsável da AI para o Médio Oriente como «crimes contra a humanidade».
A situação «parece cada vez mais parecida é vivida pelos detidos sob o antigo presidente Hafez al-Assad - um mundo de torturas sistemáticas», acrescenta Ann Harrison.