"Orbán é um dos líderes da divisão para um mundo que nós já vivemos na 2.ª Guerra"
O comissário europeu Carlos Moedas defende, em entrevista à TSF, uma Europa aberta e feita de parcerias.
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O comissário europeu Carlos Moedas vê com bons olhos as ideias defendidas por Jean-Claude Juncker naquele que foi o último discurso do Estado da União do atual presidente da Comissão Europeia.
Em entrevista à TSF, Carlos Moedas considera fundamental que a Europa não feche portas aos países que precisam de apoio humanitário e que se esforce por contrariar discursos nacionalistas como o de Viktor Orbán.
"Eu acho que é muito importante que o primeiro-ministro húngaro ouça que não é esse o caminho que nós queremos na Europa. Não é esse o caminho que a Europa quer, não é esse o caminho que o Partido Popular Europeu quer. Ele tem que entender isso de uma vez por todas."
Moedas explica que a Europa está a atravessar uma divisão "que não é entre a esquerda e a direita, mas entre nacionalistas e aqueles que acreditam que o mundo é feito de parcerias e de abertura".
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Noutro plano, Carlos Moedas saúda o olhar estratégico de Juncker para o continente africano sem abordagens de caridade, mas sim através de parcerias equilibradas ao abrigo de uma nova aliança estratégica.
"Aí temos o fundo Juncker para fora da Europa, com 44 mil milhões de euros, mas sobretudo uma parceria de iguais em que nos podemos juntar a vários países africanos para desenvolver em termos de investimento, do emprego e conseguir trabalhar com eles para esse futuro", sublinhou Moedas.