Nicola Sturgeon admitiu que, sem medidas restritivas, os hospitais podem esgotar a capacidade "dentro de três ou quatro semanas".
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A Escócia vai impor um confinamento a nível nacional durante o resto do mês de janeiro devido ao aumento de casos de coronavírus. As medidas, anunciadas esta segunda-feira pela primeira-ministra Nicola Sturgeon, são idênticas às adotadas em março.
Até agora, na Escócia vigorava um sistema de restrições regionais de quatro níveis, tal como em Inglaterra. Quase todo o país já se encontra no nível máximo, mas perante a constante subida do número de casos, o Governo escocês decidiu ir mais longe.
À meia noite, o país regressa ao confinamento total: a ordem volta a ser para ficar em casa. Saídas só por motivos essenciais, e até as escolas vão encerrar.
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Numa comunicação ao país, a primeira-ministra não escondeu a preocupação e garantiu que o momento é crítico.
"Não é um exagero dizer que estou mais preocupada com a situação que enfrentamos agora do que alguma vez estive desde março do ano passado. O número de novos casos de hoje, 1905, com 15% dos testes a terem resultado positivo, ilustra bem a severidade e a urgência da situação."
Nicola Sturgeon admitiu que, sem medidas restritivas, os hospitais podem esgotar a capacidade "dentro de três ou quatro semanas".
A líder do governo escocês assume que o país está numa corrida contra o vírus. "Numa faixa temos as vacinas, e o nosso trabalho é garantir que elas conseguem correr o mais rapidamente possível. Na outra faixa temos o vírus que, por causa da nova variante, já conseguiu aprender a correr muito mais rapidamente. Nos últimos dias conseguiu adiantar-se", lamenta.
O novo confinamento, na prática, é um regresso ao de março. O convívio social está limitado a duas pessoas de agregados familiares distintos. Os locais de cultos também encerram, e os funerais estão limitados a máximo de 20 pessoas.
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