Organização Internacional das Migrações preocupada com quebra de cessar-fogo no Sudão
As preocupações da Organização Internacional das Migrações concentram-se nos países vizinhos.
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Com a quebra do cessar-fogo no Sudão, as preocupações da Organização Internacional das Migrações aumentam. António Vitorino, o diretor-geral da organização, alerta para uma crise humanitária sem precedentes com milhares de deslocados e enormes carências.
"As pessoas estão desprovidas de acesso a alimentos porque, com o conflito, o sistema económico praticamente paralisou, não há alimentos, há cortes de eletricidade em muitos sítios do território, muitas das fontes de abastecimento de água foram impactadas pelo conflito e, naturalmente, as pessoas não podem deslocar-se com segurança por causa da imprevisibilidade dos combates. É imprescindível que o cessar-fogo se mantenha. Infelizmente já foi quebrado há menos de meio-dia, portanto neste momento não há condições para atuar no terreno dentro do Sudão", explicou à TSF António Vitorino.
Neste momento as preocupações da Organização Internacional das Migrações concentram-se nos países vizinhos para onde já fugiram muitas pessoas e onde as equipas da organização não têm descanso.
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"Neste momento estamos em todos os países limítrofes a apoiar as pessoas que estão a chegar, mas dentro do Sudão todas as agências internacionais pararam as operações humanitárias porque não estão garantidas as condições mínimas de segurança para que os agentes humanitários possam chegar às populações. Nos países limítrofes o trabalho é constante porque estão constantemente pessoas a chegar, fugindo do conflito. Sabemos que os países limítrofes também são muito vulneráveis. Por isso, a chegada dessas populações permite uma grande mobilização de esforços para dar assistência humanitárias às pessoas que chegam em condições terríveis", acrescentou o diretor-geral da Organização Internacional das Migrações.
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