Organizações regionais devem integrar Conselho de Segurança da ONU, diz Adriano Moreira
Adriano Moreira defende que as organizações regionais deviam fazer parte do Conselho de Segurança da ONU e sublinha que a reforma das Nações Unidas é um imperativo.
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Adriano Moreira defendeu, numa entrevista à Agência Lusa, no Mindelo, ilha de São Vicente (Cabo Verde), que as «especificidades» do regionalismo devem ter um papel a desempenhar, entre elas a própria Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Um Conselho de Segurança das Nações Unidas sem os países, mas com a presença de organizações regionais. Para Adriano Moreira a Inglaterra e a França não devem estar no Conselho de Segurança, mas sim a Europa.
Para o catedrático essas organizações regionais aglomeram países e é pela sua aglomeração que se apresentam como uma unidade que pode equilibrar o poder dos grandes países.
«As pessoas preocupam-se tanto com o globalismo, que no fundo é uma teoria de interdependência, e esquecem-se das especificidades, que são cada vez mais importantes. A CPLP tem uma especificidade em relação ao globalismo que tem uma importância extraordinária para a reorganização da ordem mundial», afirmou.