A informação é avançada pelo direto do hospital onde está internado o antigo primeiro-ministro israelita. Ariel Sharon está hospitalizado há oito anos.
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O estado de saúde do antigo primeiro-ministro israelita Ariel Sharon deteriorou-se nas últimas horas, com os «órgãos vitais a falhar», anunciou o diretor do hospital Tel Hashoner onde o ex-governante se encontra internado.
«Nos últimos dias, temos assistido a um declínio gradual no funcionamento dos órgãos vitais, que são essenciais para a sua sobrevivência», explicou Zeev Rotstein, em conferência de imprensa.
Com vários órgãos vitais a falharem, e com uma insuficiência renal agravada, o recurso à hemodiálise não é uma hipótese admitida. O professor Reef Zotstein, que chefia a equipa médica do Centro Médico de Sheba, em TelAviv, explicou e que a diálise só agravaria os problemas com os restantes órgãos.
Também o antigo porta-voz do ex-chefe de Governo, Raanan Guisin, admitiu que a vida de Ariel Sharon está em perigo. «As possibilidades de [Ariel Sharon] se recuperar são muito baixas», afirmou em declarações à televisão por internet Ynet, num comentário transmitido em direto a partir do centro médico Tel Hashomer.
Ariel Sharon tem 85 anos e faz, no próximo sábado, oito anos, que está internado, em coma, depois de uma hemorragia no cérebro causada por um avc. Era, na altura, primeiro ministro de Israel.
Foi também ministro dos negócios estrangeiros, da indústria e da defesa, e uma dos mais destacados generais das guerras israelo-árabes. Chamaram-lhe o Leão de Deus.
Desde que está em coma, passou por vários hospitais e centros de cuidados continuados. Nestes anos, Sharon chegou a passar alguns dias em casa, onde foi instalado equipamento adequado para lidar com alguma emergência.
Em 2006, os médicos pediram à familia que deixasse Ariel Sharon morrer em paz, porque não havia qualquer hipótese de recuperação.
Nas entrevistas que foram dados, os filhos de Sharon, diziam que ele parecia estar sempre reativo ao que se passava no quarto, via televisão, e até respondia com estímulos a fotografias de familia que lhe eram mostradas. Mas os médicos quase nunca validaram estas informações.