"Orgulho e reconhecimento." Governo agradece trabalho dos militares portugueses em Moçambique
A secretária de Estado da Defesa realçou que este trabalho "mostra que as Forças Armadas portuguesas estão prontas, estão preparadas, estão sempre ao serviço de Portugal e ao serviço daqueles que na comunidade internacional necessitam".
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Já estão a caminho de casa os 40 militares que chegaram este domingo a Portugal, depois de estarem nove dias em Moçambique a ajudar as vítimas do ciclone Idai. O contingente da Força de Reação Imediata que esteve a dar assistência humanitária chegou a Figo Maduro num voo civil e foi recebido pela secretária de Estado da Defesa.
Ana Santos Pinto destacou a colaboração entre os três ramos das forças armadas e o trabalho desenvolvido no apoio à população em Moçambique: "missões de reconhecimento, de busca e salvamento, de apoio médico e sanitário, de apoio à vacinação, de distribuição alimentar, de distribuição de medicamentos, de purificação de água, de apoio ao Consulado de Portugal no momento em que havia tantas solicitações para busca, salvamento, recuperação de cidadãos portugueses".
A secretária de Estado da Defesa realçou que este trabalho "mostra que as Forças Armadas portuguesas estão prontas, estão preparadas, estão sempre ao serviço de Portugal e ao serviço daqueles que na comunidade internacional necessitam".
Uma equipa de seis militares portugueses vai continuar mais alguns dias em Moçambique para garantir comunicações no Consulado da Beira e para fazer purificação de água junto das populações. Ana Santos Pinto elogiou a capacidade de resposta e o espírito de missão dos militares
"O trabalho que Moçambique tem pela frente é longo, é um trabalho contínuo e que agora está essencialmente nas mãos da sociedade civil e da comunidade internacional, mas o trabalho que realizaram ao longo desta semana fez toda a diferença. Em Portugal, nós fomos acompanhando esse trabalho e estamos não só orgulhosos, mas com um sentimento de enorme orgulho e reconhecimento por aquilo que fizeram."
Ainda este domingo, ao fim do dia, um avião da Cruz Vermelha Portuguesa vai partir para Moçambique. A equipa vai transportar 33 toneladas de ajuda humanitária em especial kits para partos e apoio a recém-nascidos como comida, roupa e medicamentos.
O presidente da Cruz Vermelha Francisco George já disse que esta ajuda é essencial porque o stress pós-traumático está a provocar partos prematuros.
Os números oficiais mais recentes indicam que em Moçambique há ainda 139 mil pessoas em centros de abrigo.