Enquanto em plenário se votava uma medida sobre polícias civis, membros dos gabinetes de dois deputados trocavam cromos repetidos.
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Os polícias do Rio de Janeiro podem dar aulas enquanto ainda são funcionários da polícia em atividade?
Sim, o assunto não é dos mais entusiasmantes, mas foi o que a deputada Martha Rocha, do Partido Democrático Trabalhista, resolveu trazer a plenário, e mais tarde a votação, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
E aos parlamentares, por mais incompetentes que sejam, e ao seu batalhão de assessores, por mais ocioso que seja, compete ouvir, sem adormecer, e votar em consciência.
Mas há limites e a decisão sobre polícias-professores passa claramente a linha da chatice.
Foi o que sentiram dois assessores, um do deputado Carlos Osório, do PSDB, e outro do parlamentar Tio Carlos, do Solidariedade. A menos de três meses do início do Mundial, para o qual o Brasil surge com renovadas esperanças, em vez de ouvirem o cansativo discurso da deputada Martha, decidiram trocar cromos - ou figurinhas, como se diz no Brasil - da coleção da Copa.
Sucede que foram apanhados por um cidadão que acompanhava o plenário, fotografados e... despedidos.
O correspondente da TSF no Brasil, João Almeida Moreira, assina todas as quintas-feiras no site da TSF a crónica Acontece no Brasil.