A proposta que poderá desbloquear um acordo e evitar a saída da Grécia do euro já foi enviada às instituições europeias e ao Fundo Monetário Internacional. Alexis Tsipras "cede" em dois dos pontos que mais divergências provocaram com os credores: aumento do IVA e da idade da reforma.
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Atenas propõe-se adotar já este ano um novo orçamento, que complemente o atual.
Entre as várias metas fiscais, o governo grego definiu como objetivo um saldo orçamental positivo de 1% em 2015 até 3,5% em 2018. O que será possível com aumentos no IVA, reforma das pensões com cortes, medidas fiscais e reformas na administração pública, entre outras.
Na reforma do IVA, o Governo de Alexis Tsipras propõe reformar o sistema. A taxa de IVA normal passa para 23%, como queriam os credores, o que inclui restaurantes. Ficam com uma taxa de 13% alimentos básicos, energia, água e hotéis. A taxa mais reduzida, de 6%, aplica-se aos medicamentos, livros e teatro.
No pacote de reformas enviado às instituições europeias e ao FMI, também é proposto aumentar a taxa de imposto sobre as empresas de 26% para 28%. O Governo admite ainda que o aumento de impostos pode ir mais além, caso as receitas fiscais não atinjam os objetivos.
Em relação às pensões, um dos pontos de maior divergências com os credores, reconhecendo que o sistema de pensões é insustentável como está, o executivo de Atenas propõe legislação para fazer poupanças nas reformas de 0,25% a 0,5% do PIB este ano e 1% em 2016.
É proposto terminar gradualmente com o suplemento de solidariedade para os pensionistas. As reformas antecipadas serão penalizadas e durante os próximos 7 anos a idade de reforma irá aumentar para os 67 anos no caso dos homens ou 62 anos para as mulheres e 40 anos de contribuições.
O Governo de Alexis Tsipras também propõe reformar a administração fiscal, com redução de suplementos salariais, avaliação de funcionários, um regime de mobilidade de trabalhadores e mais inspeções e auditorias.