O consultor de comunicação Luís Paixão Martins compara as máquinas de comunicação de Ucrânia e Rússia, e sublinha marcas profissionais nos muitos discursos que têm feito em instituições internacionais.
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Os discursos de Volodymyr Zelensky nos parlamentos de diversos países e em diversas instituições internacionais revelam uma marca de comunicação moderna. E ajudam a perceber que a equipa que ajudou a eleger o Presidente ucraniano, e que trabalha com ele, vê de formas diferentes do habitual, da comunicação política.
Luís Paixão Martins, consultor de comunicação que fundou uma das maiores empresas de relações públicas do país, diz que são profissionais da área do entretenimento e que conseguem tornar a mensagem mais próxima dos corações. Mas nem todos os discursos têm a emoção como preocupação principal.
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Luís Paixão Martins até acha que Zelensky não abusa das referências às crianças mortas e às casas destruídas.
Sobre a máquina de comunicação russa, que parece ultrapassada pelos ucranianos nesta guerra, já será difícil recuperar alguma da reputação perdida.
Este especialista diz que os russos têm uma estratégia vertical, do início do século XX, a que acrescentaram a televisão.
Os ucranianos trabalham com fórmulas do século XXI, muito apoiados nas redes sociais.
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Uns e outros utilizam a propaganda e a contra informação como arma, mas se no terreno as armas russas são mais destrutivas, na propaganda os ucranianos estão em vantagem.
A conversa com Luís Paixão Martins começou com a identificação das marcas profissionais de propaganda nos discursos de Zelensky.
E acabou com o também fundador do News Museum, de Sintra a explicar como está a guerra a chegar ao museu, que tem espaços dedicados ao jornalismo de guerra e à propaganda.