Cumpriu-se o esperado. Uma enchente de gente quis estar presente junto à tumba de Franco, no Vale dos Caídos, no dia do 43.º aniversário da sua morte.
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Mesmo com a chuva a cair abundantemente na região de Madrid, Xavier Garcia-Morato parece não querer saber das pingas e ostenta uma bandeira espanhola que vai abanando com orgulho: "Porque sou espanhol, pela graça de Deus e franquista até à morte". Com ele vieram duas mulheres, com outras duas bandeiras pelas costas.
É o quadro que mais sobressai numa imensa fila de automóveis que esperam a vez para passar os portões que dão acesso à Abadia da Santa Cruz, seis quilómetros à frente.
Vão à missa das 11h00, onde, segundo Pilar Gutierrez, dirigente do Movimento por Espanha, irão "entrar em procissão na igreja, por uma coroa de flores na sepultura, rezar uns responsos. Depois, à saída da Basílica, vamos dar uma notícia muito importante, que não tem a ver com este mundo, para ver se inclinamos as coisas a nosso favor".
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O Parlamento espanhol aprovou, a 13 de setembro, a exumação das ossadas de Francisco Franco do Vale dos Caídos, onde está desde a sua morte em 1975, juntamente com mais de 35 mil mortos do conflito da guerra civil espanhola, numa espécie de mausoléu de enormes dimensões, grande parte escavado na rocha, dentro de uma montanha.
O tema "Franco" nunca foi pacífico em Espanha e, 43 anos depois da sua morte, a divisão continua mais acentuada que nunca.