Ao quarto dia nas estradas espanholas, a TSF chegou ao País Basco onde encontrou um jovem para quem os problemas da comunidade basca interessam mais do que as eleições de Espanha.
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Alain Jiménez é um jovem Basco de 22 anos, especial. "Porque a minha mãe gostava muito de um ator francês que se chamava Alan Delon e o nome vem daí. Eu gosto. Há poucos por aqui e sinto-me especial", confessa.
Filho único, é um dos 244 habitantes de Vitória, a capital administrativa do País Basco. Alain acaba de assinar um contrato de trabalho numa cadeia de hotéis. Terminou os estudos o ano passado. "Fiz Administração e Finanças e depois fiz assessoria de administração. Através do estágio desse curso vim parar aqui. Estou aqui há dois meses. Também estive cá no verão passado mas agora fizeram-me um contrato de trabalho".
O desemprego no país basco, mesmo o desemprego jovem, é consideravelmente inferior à taxa do resto de Espanha. Para lá do turismo e das pequenas indústrias, em Vitória há um grande movimento económico à volta de algumas multinacionais do ramo automóvel.
Alain Jiménez não renega o sangue basco, pelo que as eleições espanholas não lhe dizem muito. "Nós aqui estamos mais preocupados com o nosso espaço. Agora há as eleições para o Governo mas nós ficamos à espera de ver o que se decide para ver o que é que podemos fazer depois, nós aqui".
No entanto sempre vai dizendo que a classe política espanhola está mergulhada numa corrupção grande. "Muita. E outra tanta que nunca chegaremos a saber. Está à vista que não são um exemplo a seguir senão estaríamos todos ou quase todos a roubar, a trabalhar menos e a tirar dinheiro de todos os lados. Deviam esforçar-se um pouco mais já que nós, o povo, também o fazemos, e quando se pensa que eles deveriam ser um exemplo a seguir, não o são e deveriam ser", conclui.
Eleições Espanholas. A TSF na estrada com o apoio da SEAT