O grande destaque vai para a França, com a Frente Nacional a garantir uma larga vantagem nas eleições europeias com um resultado histórico de 25%. Na Alemanha, vitória para o partido conservador de Angela Merkel.
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França: A Frente Nacional (FN, extrema-direita) garantiu uma larga vantagem nas eleições europeias na França com um resultado histórico de 25,4%. Atrás ficam a oposição de direita da União para um Movimento Popular (UMP), com 20,8%, e o Partido Socialista no poder, com 13,97%, a mais baixa votação de sempre dos socialistas. Estes resultados implicam que a FN tenha 22 a 25 deputados no Parlamento Europeu, a UMP 18 a 21 e o Partido Socialista 13 a 15.
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Alemanha: O partido conservador da chanceler alemã Angela Merkel venceu com 36% dos votos as eleições europeias na Alemanha. O novo partido antieuropeu Alternativa para a Alemanha (AfD), fundado em 2013 e que defende a dissolução da moeda única europeia, garantiu 7%, e confirma a sua entrada no Parlamento Europeu.
Espanha: Com 97,59% dos votos escrutinados, o PP obteve 26,03% dos votos, elegendo 16 deputados, com o PSOE a obter 23,04% e a eleger 14 deputados.
Grécia: O partido Syriza (Esquerda Radical) venceu as eleições europeias na Grécia com uma vantagem de mais de três pontos sobre os conservadores do primeiro-ministro Antonis Samaras. Quanto estavam escrutinados 52,95% dos votos, o Syriza, liderado por Alexis Tsipras surgia com 26,54%, contra 23,09% para a Nova Democracia (ND), o partido do chefe do governo de coligação. O terceiro lugar era ocupado pelo partido de extrema-direita Aurora Dourada, com 9,42%.
Dinamarca: O Partido Popular Dinamarquês foi o grande vencedor do escrutínio, conquistando quatro dos 13 lugares no Parlamento Europeu, com 26,7% dos votos, um resultado que representa uma subida de 11 pontos percentuais. Estes eram os dados quando estavam apurados ainda 92% dos votos.
Bélgica: A Nova Aliança Flamenga (N-VA), partido nacionalista da Flandres, alcançou uma vitória folgada nas eleições legislativas da Bélgica, arrecadando mais de 30% dos votos na região flamenga.
Chipre: O partido conservador do governo de Chipre, a União Democrática (DISY), reivindicou a vitória nas eleições europeias com 37,75% dos votos e a eleição de dois dos seis lugares reservados a Chipre no Parlamento Europeu. O partido comunista AKEL garantiu a segunda posição com 26,98%.
Áustria: A extrema-direita quase duplicou a votação nas eleições europeias na Áustria, com 20,5% dos votos, ficando em terceiro lugar, atrás dos democratas-cristãos do OeVP (27,3%) e dos sociais-democratas do SPOe (24,2%), segundo resultados finais divulgados pela agência austríaca APA.
Irlanda: O Sinn Fein, de Gerry Adams, antigo braço político do IRA, conseguiu o primeiro dos onze lugares no Parlamento Europeu em jogo na Irlanda. Os resultados definitivos poderão ser conhecidos apenas na terça ou na quarta-feira.
Itália: O Partido Democrático (centro-esquerda) do primeiro-ministro Matteo Renzi venceu hoje as eleições europeias em Itália com 33% dos votos. A segunda força mais votada foi o Movimento 5 Estrelas do ex-humorista eurocético Beppe Grillo, com 26,5%.
Hungria: O partido conservador Fidesz, do primeiro-ministro Viktor Orban, venceu com mais de 50% as eleições europeias na Hungria, enquanto a extrema-direita do Jobbik perdeu quase seis por cento de votos em relação às legislativas de abril.
Finlândia: A Coligação Nacional, os conservadores no governo - formado por seis partidos -, obteve 22,6% dos votos, conseguindo eleger três eurodeputados. Com o mesmo número de eleitos - um deles o atual comissário dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn - o Partido do Centro, o segundo maior partido na oposição, obteve 19,7%.
Suécia: O líder da oposição, o Partido Social-Democrata, foi o ganhador destas eleições, com 24,6% dos votos, obtendo seis lugares em Estrasburgo, seguindo-se o Partido do Meio Ambiente, que conseguiu três eurodeputados (mais um), com 15,1%.
Polónia: O principal partido da oposição polaca, a formação nacionalista-conservadora Lei e Justiça, venceu as eleições na Polónia, com 32,35% dos votos, segundo dados oficiais hoje divulgados. A Plataforma Cívica, (PO, conservador-liberal) do primeiro-ministro Donald Tusk, partido de vincado cariz europeísta, conseguiu, segundo os dados apurados, 31,29% dos votos.