O jornal New York Times revelou ontem um documento secreto que orienta os quadros do Partido Comunista Chinês e que identifica os sete pecados que ameaçam o regime.
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Promover a democracia ocidental é o mesmo que negar a liderança do Partido Comunista Chinês (PCC) - é este o primeiro de sete perigos identificados no texto secreto, identificado como documento nº 9.
O New York Times cruzou quatro fontes para confirmar a autenticidade do documento que até aqui seria apenas do conhecimento de um núcleo muito restrito dentro da cúpula do PCC. A assinatura de Xi Jinping é reconhecida também pelas fontes do jornal.
A divulgação das regras deste manual de sobrevivência já ganha corpo nas redes sociais onde há quem resuma numa simples frase o conteúdo do documento - os perigos da Democracia.
Ao todo, são sete os perigos identificados pelos mais velhos, os séniores do PPC que controla o poder na China desde 1949.
Perigos como a promoção de direitos humanos universais, a liberdade de imprensa e a participação cívica. Valores do Ocidente a quem o PPC chama de correntes subversivas e os principais adversários do regime chinês.
O documento é divulgado numa altura em que o regime tem sofrido alguns abalos. Há casos de corrupção, há impaciência dos setores mais liberais que esperavam do novo presidente alguns ventos de mudança e há uma economia que não cresce ao ritmo de anos anteriores.