Haddad em Minas Gerais, Ciro Gomes na Rocinha, Bolsonaro nas redes sociais.
Corpo do artigo
Fernando Haddad aproveitou o penúltimo dia de campanha para viajar até Minas Gerais. Lá, acusou Bolsonaro de não ter "nem compromisso com a democracia, nem compromisso com a paz, nem compromisso com a verdade".
"O que ele está a fazer nas redes sociais é criminoso, injuriando e difamando as pessoas", disse a propósito do aumento enorme de fake news divulgadas nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens.
Haddad decidiu, entretanto, mudar de rota no sábado, último dia de campanha, uma vez que no Brasil não existe o dia de reflexão: vai a Feira de Santana, na Bahia, tentar recuperar os votos do PT no Nordeste, a sua principal fortaleza eleitoral, que vem, segundo as sondagens, tendendo para Bolsonaro.
TSF\audio\2018\10\noticias\05\joao_almeida_moreira
Sobre o facto de o opositor ter faltado ao debate na TV Globo e preferido conceder entrevista à Record, emissora controlada pelo seu apoiante Bispo Edir Macedo, foi contundente. "A nossa esperança é que na segunda volta ele passe a debater frente a frente, olho no olho, em vez de usar rede social para se esconder e difamar".
E Jair Bolsonaro, de facto, falou ontem com os apoiantes por vídeo difundido nas suas redes sociais, sublinhando que "o Brasil não merece ser governado a partir da cadeia", numa alusão, claro, a Lula da Silva, o mentor de Haddad.
Os outros candidatos aproveitaram o debate da véspera na Globo para continuar a fazer campanha na cidade do Rio de Janeiro, a segunda maior do país.
Ciro Gomes esteve na maior favela da cidade, a Rocinha, a dizer que o crime se combate com inteligência, com agentes inflitrados e não com mais tiros, no que pode se entendido como crítica a Bolsonaro.
Em terceiro lugar nas sondagens, Ciro criticou um dos principais institutos de pesquisas do país, o Ibope. Disse ele que "o Ibope vende até a mãe quanto mais sondagens".