A juíza sul-africana Thokozile Masipa condenou hoje o atleta olímpico e paralímpico Oscar Pistorius a uma pena máxima de cinco anos de prisão pela morte da namorada, em fevereiro de 2013.
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A juíza presidente do Supremo Tribunal de Pretória condenou ainda o atleta a três anos de pena suspensa por porte de armas.
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A magistrada chegou a este veredito depois de ter em conta a gravidade do delito e, também, a personalidade e a incapacidade do acusado. «A pena sem prisão iria enviar uma mensagem errada à sociedade, mas uma longa pena de prisão não seria também apropriada», disse.
«Seria um dia triste para o país se fosse criada a impressão de que havia uma lei para os pobres e desfavorecidos e outra para os ricos e famosos», disse Masipa. Depois de ouvir a sentença, a acusação disse que quer ver Pistorius preso durante, pelo menos, 10 meses.
A família da modelo sul-africana Reeva Steenkamp já disse estar satisfeita com a sentença. O advogado que falou em nome da família da vítima esclareceu que Oscar Pistorius «vai cumprir três anos de serviço comunitário sob supervisão e dois anos de cadeia de facto».
Há cerca de um mês, Oscar Pistorius, de 27 anos, foi considerado culpado de homicídio involuntário da namorada, em fevereiro de 2013, na casa onde ambos viviam na África do Sul.
A juíza Thokozile Masipa explicou, na altura, que o veredito se baseou no facto de Pistorius ter agido irracionalmente e de forma negligente quando disparou quatro tiros contra a porta da casa de banho, matando a namorada.
O tribunal está convencido que o atleta acreditava genuinamente que havia um intruso na casa de banho, mas defendeu que uma pessoa razoável teria tomado outras medidas para evitar uma consequência tão grave.