A Ossétia do Sul afirmou «controlar» Tskhinvali, mas, por seu lado, o presidente georgiano disse que a Geórgia tomou o controlo da região. Entretanto, as forças russas registaram várias baixas.
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As forças armadas ossetianas «controlam» toda a capital da república separatista da Ossétia do Sul, afirmou, esta sexta-feira, a porta-voz do governo rebelde, citada pela agência Interfax.
«A parte georgiana procura restabelecer o controlo nos subúrbios a sul de Tskhinvali. Os combates estão a decorrer», acrescentou.
O presidente georgiano Mikheïl Saakachv, por seu lado, tinha declarado que a Geórgia tomou o controlo de quase toda a Ossétia do Sul, com excepção de Djava, uma localidade a norte da capital de Tsinkhvali.
Entretanto, as agências de notícias na Rússia dão conta de pelo menos 12 mortes e 150 feridos entre as forças russas de manutenção de paz, resultantes dos intensos confrontos com as tropas da Geórgia na região da Ossétia do Sul.
Em declarações à TSF ao final da tarde desta sexta-feira, o jornalista do Diário Económico Luís Rego, que se encontra na capital da Geórgia a passar férias, explicou que as declarações contraditórias são várias.
Neste momento, a cidade de Tskhinvali encontra-se «dividida», mas estão e entrar, pelo sul, mais tropas da força russa, com cerca de «cem tanques blindados».
«Nas ruas de Tiblissi, há esperança que a escalada de violência não chegue às portas da cidade», acrescentou o jornalista, frisando que os habitantes da capital da Geórgia encaram o assunto com preocupação e ansiedade.
Entretanto, João Carlos Barradas, comentador de actualidade internacional para a TSF, sublinhou que o início de conversações só deve ser possível depois de um dos lados ter clara vantagem militar na Ossétia do Sul.