É o que diz Jeroen Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo, sublinhando que Portugal fez reformas profundas.
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Na segunda conferência de imprensa do dia, no final da segunda reunião do Eurogrupo em Bruxelas, Jeroen Dijsselbloem disse que a zona euro, e em particular os países que estiveram sob programa, estão muito mais bem preparados para fazer face a eventuais consequências no seguimento da rutura das negociações com a Grécia.
O presidente do Eurogrupo foi questionado sobre se os ministros das Finanças da zona euro discutiram o receio de eventual "contágio" da crise grega a outros países. Jeroen Dijsselbloem indicou que não houve uma "discussão específica", mas que há a firme convicção de que a zona euro está hoje muito mais bem preparada do que antes da crise e fará "pleno uso de todos os instrumentos disponíveis" para garantir a estabilidade da união monetária e reforçar a resiliência das economias.
"Estamos em muito melhor forma do que antes da crise, especialmente os países que estiveram sob programa", como Portugal e Irlanda, que "fizeram reformas profundas e têm muito mais estabilidade" financeira, declarou, após uma segunda reunião do Eurogrupo celebrada hoje à tarde, já sem a participação da delegação grega, e que teve lugar "a pedido de vários ministros", indicou
Dijsselbloem disse ainda que foi a Grécia que abandonou as negociações na noite passada, mas que a porta para uma retoma nas conversações mantém-se aberta. O presidente do Eurogrupo e ministro holandês das finanças acrescentou que o processo não está terminado e que provavelmente nunca vai terminar.
Sobre o abandono da Grécia da segunda parte do Eurogrupo, facto inédito que fez com que o encontro decorresse com os restantes 18 ministros das finanças, Dijsselbloem respondeu que que foi Yanis Varoufakis, o ministro grego das finanças, que abandonou por sua conta a reunião antes desta acabar.