Pelo menos 14 pessoas morreram hoje e mais de 25 ficaram feridas num atentado à bomba contra uma mesquita xiita e uma escola religiosa na periferia de Peshawar, no norte do Paquistão.
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«Foi um atentado suicida que causou 14 mortos e mais de 25 feridos», disse o responsável da polícia Shafi Ullah à agência noticiosa francesa AFP.
«Primeiro, o bombista suicida disparou contra os guardas policiais, no exterior da mesquita, depois entrou na sala das orações, onde acionou o engenho explosivo, antes do início das orações», acrescentou.
O complexo, que integra a mesquita e a madrassa (escola religiosa muçulmana), situa-se em Gulshan Colony, uma zona predominantemente xiita na periferia de Peshawar, na zona tribal do noroeste do Paquistão, perto de fronteira com o Afeganistão.
Dois outros responsáveis da polícia, Shaukat Khan e Imran Shahid, confirmaram o balanço de 14 mortos. As informações oficiais iniciais davam conta de sete mortos.
O atentado não foi reivindicado, mas a violência sectária contra a comunidade xiita, minoritária no Paquistão, tem aumentado nos últimos anos.
No início da semana, os Estados Unidos anunciaram que pretendiam iniciar conversações com a representação política dos talibãs afegãos em Doha, capital do Qatar.
Os xiitas representam 20% da população maioritariamente sunita do Paquistão, país que possui armamento nuclear e que é palco de uma reblião talibã relacionada com a rede terrorista Al-Qaida.
O movimento extremista Lashkar-e-Jhangvi (sunita) reivindicou uma série de atentados contra a comunidade xiita, na cidade de Quetta (sul), que causaram pelo menos 25 mortos, a 15 de junho.
Ao princípio do dia de hoje, responsáveis paquistaneses disseram que dois membros de uma milícia pró-governamental foram mortos nas suas casas, num ataque de militantes, armados com espingardas e granadas de morteiro, no distrito tribal de Bajaur, junto à fronteira afegã.
Na quinta-feira à noite, cerca de uma dúzia de rebeldes atacaram as casas perto de Khar, principal localidade de Bajaur, disse à AFP um responsável Abdul Haseeb.
Os dois anciãos, membros de uma milícia tribal pró-governamental, morreram e dois polícias ficaram feridos, acrescentou.