A 5ª Conferência de Lisboa discute "O rumo da nova ordem mundial", durante dois dias. Tendências, poderes e protagonistas do futuro preenchem a agenda.
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As guerras económicas pelo comércio e pela energia, e as alterações climáticas podem, nos próximos anos, levar a uma nova ordem mundial.
Que configuração terá esse realinhamento de poderes, é o que vai estar em discussão, durante dois dias, em Lisboa.
Na 5.ª conferência de Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, participam líderes mundiais em áreas como as tendências estratégicas, os pagamentos internacionais, a energia e o cruzamento do mundo digital com os negócios.
Fernando Jorge Cardoso, professor universitário da Universidade Autónoma de Lisboa e diretor executivo do Clube de Lisboa, que organiza esta conferência, antecipa que a palavra-chave desta conferência será "poder", mas deverão ser muitas vezes ouvidas outras palavras, como "guerra, segurança ou paz".
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Na nova ordem mundial, o poder de cada potência, ainda terá de ser desenhado, porque parece pacífico que a liderança das últimas três décadas, dos Estados Unidos, está posta em causa.
Os candidatos globais e regionais, já são óbvios, nesta altura, e a China e a Rússia, são candidatos óbvios.
Mas a Turquia, o Irão e a Arábia Saudita não parecem estar tranquilos com a atual posição no xadrez internacional.
A quinta conferência de Lisboa começa esta quinta-feira, com Marcelo Rebelo de Sousa a marcar presença na sessão de abertura, ficando o encerramento, na sexta-feira, a cargo do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.