Alaeddin Boroujerdi, presidente da comissão parlamentar iraniana de política externa, falou com a TSF sobre o acordo nuclear com o Irão.
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Na semana em que o Presidente norte-americano rasgou o acordo nuclear internacional com o Irão, a TSF ouviu Alaeddin Boroujerdi, presidente da comissão parlamentar iraniana de política externa, que explicou que a posição da Europa será relevante para a decisão do Irão.
"A questão principal é saber se esses acordos internacionais têm valor ou não, se é um acordo em vigor e valorizado internacionalmente os signatários devem respeitá-lo", começou por assegurar.
E perante este cenário, o Irão vai ou não continuar a respeitar o acordo? "O acordo é uma formula bilateral, são duas partes que o assinam, [a forma] como a Europa vai resistir a essas pressões é uma prova histórica para a Europa dar provas do que é capaz. Certamente para que possamos conservar o acordo, a Europa precisa de dar garantias práticas nesse sentido", frisou.
Desta forma, os "interesses nacionais" serão relevantes para que o Irão tome uma posição, mas também a forma como os restantes signatários do acordo irão reagir, tendo em conta que se a Europa não quiser manter o acordo poderão aumentar os negócios com a Rússia e com outros países.
Alaeddin Boroujerdi criticou ainda o papel regional de Israel e da Arábia Saudita, admitindo até que o país poder voltar ao enriquecimento do urânio caso o acordo deixe de ser válido, essencialmente porque não tem quaisquer limitações técnicas.
E sobre a exigência de Trump em relação à suspensão do programa de mísseis balísticos do Irão, o iraniano diz que essa afirmação de Trump dá vontade de rir. "É uma anedota por parte dele", concluiu.