A vice-presidente do Senado da Guiné-Equatorial explica que nesta fase, o trabalho que o Parlamento está a realizar passa por ensinar aos parlamentares deste país da CPLP como falar português.
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"Estamos criando condições para que todos os funcionários aprendam português, particularmente os dos assuntos exteriores e os parlamentares, porque temos mais contacto com a CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], por exemplo", respondeu, em declarações à agência Lusa.
Pilar Djombe Djangani, que falava à margem da assembleia parlamentar da CPLP em Brasília, capital do Brasil, não quis precisar quando haverá sessões parlamentares em português, referindo que vai depender da velocidade do processo e da criação de centros.
A representante do mais recente país a ser incluído na CPLP admitiu que "possivelmente, na primeira fase, será necessário" recrutar professores de português.
"Espanhol é o nosso idioma oficial, agora estamos começando o português", que "já é língua oficial", referiu.
A vice-presidente do Senado do país africano mostrou-se satisfeita com a assembleia parlamentar da CPLP em Brasília, a primeira em que o país participou "com a comissão inteira".
"Com o bloco dos países de língua portuguesa, sentimo-nos mais fortes", frisou, acrescentando que o país tira vantagens da semelhança entre os idiomas espanhol e português.
Questionada sobre os interesses económicos do país na CPLP, a representante da câmara alta da Guiné-Equatorial respondeu: "Não creio que haja um projeto que não tenha implicações económicas. Haverá acordos, mas a que nível e em que direção não posso dizer".
A Guiné-Equatorial juntou o português às línguas oficiais - espanhol e o francês - em julho de 2010 e o país tornou-se no nono membro de pleno direito da CPLP em julho de 2014.