Dá pelo nome de Europa das Nações e das Liberdades e é apresentado oficialmente esta terça-feira. O Parlamento Europeu contará a partir de agora com dois grupos eurófobos e anti-imigração.
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Um grupo parlamentar batizado como Europa das Nações e das Liberdades será constituído na terça-feira no Parlamento Europeu em torno do partido da extrema-direita francês, Frente Nacional, anunciou hoje a sua presidente, Marine Le Pen, em comunicado.
O novo grupo será oficialmente apresentado na terça-feira numa conferência de imprensa em Bruxelas por Marine Le Pen, que sucedeu em 2011 ao pai, Jean-Marie Le Pen, na liderança da Frente Nacional (FN) e tenta, desde então, "normalizar" esta formação.
No grupo Europa das Nações e das Liberdades se incluirão deputados do Partido para a Liberdade holandês (PVV), do Partido da Liberdade austríaco (FPÖ), da Liga Norte italiana e do Vlaams Belang flamengo (Bélgica), com os quais a Frente Nacional já trabalhou, mas também outros eurodeputados que não são referidos no comunicado.
Para formar um grupo no Parlamento Europeu, são precisos pelo menos 25 deputados de sete nacionalidades diferentes. Com os seus aliados clássicos, a FN tinha o número necessário de representantes nacionais (37), mas não as nacionalidades suficientes.
A Frente Nacional, que obteve a vitória nas eleições europeias de maio de 2014 em França, tenta desde então constituir um grupo parlamentar, mas os seus esforços para congregar os quatro deputados do Congresso da Nova Direita polaca (KNP) e um deputado nacionalista búlgaro do VMRO fracassaram.
O Parlamento Europeu contará a partir de agora com dois grupos eurófobos e anti-imigração, já que o líder do partido eurocético britânico Ukip, Nigel Farage, conseguiu reconstituir um grupo parlamentar após uma curta dissolução em meados de outubro passado, devido à saída de uma deputada letã.
Farage conseguiu repescar um deputado polaco de extrema-direita, Robert Jaroslaw Iwaszkiewicz, do KNP.