A oposição ucraniana falhou a tentativa de destituição do Governo de Mikola Azarov. Dos 226 votos necessários para aprovar a moção de censura, a oposição só conseguiu 186.
Corpo do artigo
De fora da votação ficou o partido do poder, o Partido das Regiões, que abandonou a sala, no momento da votação. Foram 135 votos a menos.
Votaram contra cinco deputados e doze abstiveram-se. Na prática, a moção de censura seria aprovada se não fossem necessários os votos de mais de metade dos deputados eleitos.
A oposição anunciou a intenção de apresentar hoje na Rada Suprema (parlamento) a moção de censura ao Governo do primeiro-ministro Mykola Azarov por frustrar a assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia (UE) e por «traição ao povo da Ucrânia».
O projeto de moção contou com a assinatura dos líderes de três forças da oposição: Arseni Yastseniuk, do Batkivschina (Pátria); Vitali Klitschko, do UDAR (Golpe), e Oleg Tiagnibok, do nacionalista Svoboda (Liberdade).
A moção, agora chumbada, surge numa altura em que a Ucrânia assiste a grandes protestos - considerados os maiores no antigo país soviético desde 2004 -, que resvalaram em violentos confrontos com a polícia, tendo as autoridades chegado a recorrer a gás lacrimogéneo, indicou a AFP.
Apesar do ambiente ter acalmado na segunda-feira, cerca de mil manifestantes passaram a noite na Praça da Independência, em Kiev.