O secretário-geral do Partido Socialista espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, transmitiu esta terça-feira ao Rei de Espanha que os socialistas estão dispostos a formar governo caso o presidente do executivo em funções, Mariano Rajoy, renuncie a essa "obrigação".
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Pedro Sánchez falava no Congresso dos Deputados em Madrid no final de uma reunião com Felipe VI, a penúltima desta ronda de audições, que termina com o presidente do Partido Popular (PP), Mariano Rajoy, às 17h (16h em Lisboa).
"Desde o início do processo, o PP recusou negociar, renunciou a negociar com o conjunto das forças políticas e portanto, é a minha opinião, renunciou a apresentar um projeto politico para este pais", disse Sánchez.
A 22 de janeiro, o rei de Espanha convidou Rajoy a formar governo, mas o presidente do PP recusou o convite temporariamente, por considerar que não tinha os apoios necessários para ganhar uma votação de investidura no parlamento.
Sánchez, que classificou a decisão de Rajoy como um "exercício de escapismo politico", reafirmou que quer "desbloquear a situação" e que "o PSOE dará um passo em frente e tentará formar governo".
O impasse sobre quem governará Espanha mantém-se desde 20 de dezembro, dia das eleições gerais espanholas, que o PP ganhou sem maioria absoluta (123 deputados). O PSOE conseguiu 90 assentos e o partido de esquerda Podemos outros 69.
A correlação de forças saída da votação indica que qualquer um dos partidos terá de fazer acordos pós-eleitorais para uma investidura e para formar governo.