Detenção de Leonardo Belchior de Souza, na Operação Fim do Mundo, foi à porta da igreja. Mais cinco familiares envolvidos em esquema criminoso, alega polícia
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Na porta da mesma igreja onde ministrava cultos, o pastor evangélico Leonardo Belchior de Souza foi preso, no sábado, dia 1 de junho, pela polícia, no âmbito da Operação Fim do Mundo, uma ação conjunta da Polícia Federal do Brasil e da Delegacia de Repressão a Drogas de quatro estados contra o tráfico de drogas e armas nas comunidades de Acari, na zona norte do Rio de Janeiro, e Vila Aliança, na Zona Oeste.
O pastor Leonardo é acusado de pertencer a uma organização criminosa da qual faziam parte ainda uma irmã e quatro sobrinhos, além de duas ex-mulheres de um desses sobrinhos, e mais três associados. No total, 11 pessoas foram detidas e cerca de 25 milhões de reais, perto de cinco milhões de euros, bloqueados das contas dos suspeitos. A organização, segundo a polícia, fornecia armas e drogas às comunidades de Acari e Vila Aliança.
Renato Castro, um dos sobrinhos do pastor detido na operação, é apontado pelas autoridades como o líder da organização. Ele morava num condomínio de luxo de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, segundo estado mais ao sul do Brasil, de onde coordenava as operações de distribuição de armas e drogas para aqueles bairros cariocas.
Ainda segundo a polícia, Castro, o pastor Leonardo e demais familiares e associados tinham ligação ao Terceiro Comando Puro, uma das principais organizações criminosas do Rio de Janeiro e do Brasil, que funciona da mesma forma que o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho, as duas maiores do país.
O pastor Leonardo, que a polícia desconfia ser um dos testas de ferro do grupo, costumava orar pelas comunidades visadas na operação e pedir a Deus que as libertasse da ação dos traficantes.
