O aparato gerado pela presença do então presidente do AC Milan mostrava a importância da figura de Berlusconi para o futebol nos anos de 1990.
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O antigo extremo internacional português recorda na TSF a figura de Silvio Berlusconi, presidente do AC Milan. O dirigente que chegava ao centro de treinos com um aparato que Futre nunca havia visto. Afinal aquele era "a melhor equipa do mundo". Berlusconi quis muito ter Paulo Futre em Milão, conta o antigo internacional português. O ano que passou no AC Milan não foi o que o craque português esperava. As lesões impediram que fizesse mais do que um único encontro oficial. Ainda assim, Berlusconi quis que Futre continuasse naquela equipa.
"Recordo-me que a primeira vez que estive com Silvio Berlusconi foi na apresentação da equipa para a temporada 1995/1996. Ele disse-me que era um sonho que tinha há muito tempo contratar-me, porque quando via os jogos do Atlético de Madrid, ficava com a ideia que eu era um jogador para o AC Milan", explica à TSF Paulo Futre.
O extremo português vivia um calvário que lhe retirava a confiança. "Naquele ano fui operado pela terceira vez ao joelho. Berlusconi queria que eu ficasse mais um ano. Mas eu sabia que já não dava, que já não tinha nível para aquela equipa. Preferi mudar de ares, mudar de equipa. Ele queria que eu ficasse mais um ano naquele grande Milão, aquela que era a melhor equipa do mundo."
O aparato gerado pela presença do presidente do clube mostrava a importância da figura de Berlusconi para o futebol nos anos de 1990. "Quando chegava à cidade desportiva, a Milanello, de helicóptero, eu via o respeito que todos tinham por ele. Era algo que eu nunca tinha visto, nos anos 1990, um dirigente chegar de helicóptero a um centro de treinos. E o respeito que todos tinham, não só os jogadores, todos. Só tenho a dizer bem deste grande senhor chamado Silvio Berlusconi".
"Consegui ser campeão ainda, mas passei mais tempo em hospitais, clínicas, médicos e massagistas do que no campo", recorda Futre. Mas a relação com Berlusconi mantinha-se. "Sempre que me via ele dizia, "vamos, tu consegues porque tu és um leão!". Dava-me uma moral incrível".
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Em Milão, Paulo Futre partilhou o título com nomes como Franco Baresi, Paolo Maldini, Marcel Desailly, Alessandro Costacurta, Albertini, George Weah, Dejan Savicevic, Zvonimir Boban ou Roberto Baggio.