
Alkis Konstantinidis / Reuters
Luís Amado, antigo ministro dos negócios estrangeiros, diz que a demissão é a prova que a Grécia "tem de negociar". Já o eurodeputado social-democrata, Paulo Rangel, compara o ex-ministro grego a um pirómano.
Corpo do artigo
Para Paulo Rangel a prioridade é travar o colapso da economia grega. O eurodeputado social democrata faz votos que a Grécia se mantenha na moeda única e afirma que Varoufakis tem muitas culpas no atual estado do país. Paulo Rangel lamenta o comportamento "irresponsável" do ex-ministro das Finanças e compara-o a "alguém que incendiou a floresta e agora fica a ver".
Já Nuno Melo, eurodeputado do CDS diz que agora que vão recomeçar as negociações entre a Grécia e os credores, um perdão da dívida está fora de questão. Nuno Melo diz mesmo que isso "seria simplesmente um absurdo".
À esquerda a TSF ouviu ainda Luís Amado, antigo ministro socialista. Ele afirma que o eixo franco-alemão tem de se entender quanto à forma como pode ser resolvida a crise na Grécia. Luís Amado sublinha que isso é "vital". Caso contrário "teremos uma crise incontrolável". O antigo ministro português dos negócios estrangeiros diz ainda estar convencido que o Banco Central Europeu vai manter o financiamento de emergência ao país. Sobre a demissão de Varoufakis, Amado considera que é a "prova de que o primeiro-ministro grego necessita desesperadamente de negociar. O país está numa situação catastrófica, do ponto de vista financeiro, o sistema bancário está à beira do colapso e nessa perspetiva, é necessário chegar rapidamente a um acordo no âmbito do eurogrupo".