O candidato socialista a presidente do Governo de Espanha perdeu a primeira votação no Congresso dos Deputados, para a qual precisava de maioria absoluta.
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Terminada a votação, o número de votos "Não" foi de 219 - passando acima dos 176 deputados necessários na primeira votação para chumbar o nome do secretário-geral do PSOE para novo presidente do Governo espanhol.
Pedro Sánchez teve apenas os 90 votos do grupo parlamentar socialista e os 30 do grupo do Ciudadanos (centro-direita), com o qual assinou um acordo de investidura na semana passada. Registou-se ainda uma abstenção.
O candidato socialista submete-se na sexta-feira a uma segunda votação (que apenas requer maioria simples, ou seja mais votos "Sim" que "Não" para passar).
No entanto, as indicações dos vários grupos ao longo das sessões de investidura deixam antever que Pedro Sánchez terá as mesmas dificuldades para ser aprovado.
A TSF ouviu um especialista espanhol em ciência política.
Javier del Rey Morató, professor na Universidade Complutense de Madrid afirma que os espanhóis têm que habituar-se a viver num país onde já não há maiorias absolutas e que é necessário negociar pactos de governo.
O professor universitário acredita que na sexta-feira o líder do PSOE vai chumbar de novo. E por isso, o professor de comunicação política acredita eleições antecipadas em junho.