O PSOE acabou por ser um meio vencedor das eleições deste domingo, em Espanha.
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Depois de vários meses a aparecer, em todas as sondagens, em terceiro lugar nas intenções de voto, e depois das televisões terem aberto as emissões às oito da noite com as mesmas projeções, o líder dos socialistas conseguiu ganhar algum oxigénio, levando o PSOE ao segundo lugar na preferência dos espanhóis, logo atrás do PP, grande vencedor da noite eleitoral espanhola.
Por tudo isso, os poucos militantes que chegavam a conta-gotas à sede dos socialistas no centro de Madrid, e perante tal cenário, apressaram-se a pedir mudanças na liderança, "com este resultado tão baixo, será preciso repensar muita coisa". Mas também ao mesmo tempo já havia alguém que desconfiava da veracidade das sondagens que em Espanha nunca acertam.
"Há muito voto oculto, muita resposta oculta. Nas sondagens veem-se sempre um "não sabe" ou "não respondo" acima dos 20% e com essas dúvidas, por muito que "cozinhem" os resultados, é muito difícil acertar".
E foi assim. Tudo se transformou. Ao final da noite, o líder entrou numa das salas da sede rosa, repleta de militantes, debaixo duma grande ovação. Pedro Sánchez agradeceu a confiança aos votantes e disse o que ao início da noite parecia impossível: "Queríamos ganhar estas eleições. Não o conseguimos, não estou satisfeito mas, com todos, somos a primeira força política de esquerda".
Estava feita a "remontada" eleitoral. Mesmo perdendo deputados e votos em relação ao passado dia 20 de dezembro, o orgulho rosa não se perdeu. "Lamentavelmente perdemos muitos votos mas, o Partido Socialista continua a ser a primeira força de esquerda". Diz um militante à saída.
Outro acrescenta que poderia estar mais feliz mas repetiu a frase da noite, "continuamos a ser a primeira força da esquerda". "Pelo menos vamos com meio sorriso", concluiu uma socialista, enquanto se esvaziava a sede.