As operações de socorro prosseguiam esta quarta-feira à tarde na zona onde a embarcação, proveniente da Líbia, naufragou, a 14 milhas a sudoeste da ilha de Lampedusa, mas são descritas como “muito complexas” pelas equipas de salvamento
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Pelo menos 20 migrantes morreram e mais de uma dezena estão desaparecidos na sequência do naufrágio de uma embarcação ao largo da ilha italiana de Lampedusa, revelou esta quarta-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
“Entre 12 e 17 pessoas estão desaparecidas no naufrágio ao largo de Lampedusa, somando-se a pelo menos 20 mortos”, anunciou Filippo Ungaro, porta-voz da agência da ONU para os refugiados, que está a prestar apoio aos cerca de 60 sobreviventes resgatados do mar e levados para a ilha.
As operações de socorro prosseguiam esta quarta-feira à tarde na zona onde a embarcação, proveniente da Líbia, naufragou, a 14 milhas a sudoeste da ilha de Lampedusa, mas são descritas como “muito complexas” pelas equipas de salvamento.
Ainda segundo o responsável do ACNUR, “até à data, registaram-se 675” mortos e desaparecidos desde o início do ano no Mediterrâneo central, considerada uma das rotas migratórias mais perigosas do mundo, sendo o duplo naufrágio de hoje uma das piores tragédias recentes a ter lugar ao largo de Lampedusa.
Lampedusa, uma pequena ilha de 20 quilómetros quadrados com cerca de seis mil habitantes, é o ponto mais a sul de Itália, tendo-se tornado um dos principais pontos de entrada na Europa de migrantes irregulares, na maioria subsaarianos, que atravessam o Mediterrâneo em embarcações precárias operadas por redes de traficantes desde a Líbia e Tunísia.