Tentavam dispersar os protestantes que reclamam por uma reforma política no país. Foram registados tiros e reportado que uma ponte sobre o Nilo foi bloqueada com pneus a arder.
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O Conselho Central de Médicos do Sudão informou que pelo menos duas pessoas morreram depois da junta militar no poder ter tentado dispersar milhares de manifestantes que, esta segunda-feira, exigem a transferência do poder para uma autoridade civil.Mais tarde, num novo balanço, as autoridades contabilizavam nove mortos.
O sindicato opositor ao regime, perto do movimento de protesto, deu conta ainda de vários feridos durante a ofensiva dos militares junto dos manifestantes que estão acampados desde 6 de abril à frente do quartel-general do Exército em Cartum. Depois de terem pedido apoio militar para derrubar o Presidente Omar al-Bashir, exigem agora a saída do poder dos generais que derrubaram o chefe de Estado a 11 de abril.
As negociações entre os dois lados para formar um conselho soberano, que supostamente deveria garantir a transição política em três anos, falharam e a junta militar intensificou as advertências contra o movimento de protesto, apelidando os manifestantes de "ameaça à segurança e à paz pública", e prometendo agir "com determinação".
"Uma tentativa do conselho militar para dispersar o acampamento pela força está em curso", afirmou, em comunicado, a Associação de Profissionais Sudaneses, o mais importante protagonista dos protestos.
A 7 abril, o Comité Central de Médicos do Sudão já havia denunciado a morte de pelo menos cinco pessoas. Uma outra pessoa foi dada como morta numa outra ofensiva militar, a 29 de maio, segundo a mesma fonte.
Notícia atualizada às 10h33