Sete pessoas foram mortas no domingo em confrontos entre apoiantes e opositores do presidente do Egito, Mohamed Morsi, à margem de manifestações por todo o país a pedir a sua demissão.
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Fonte militar citada pela agência AFP sob anonimato refere que as manifestações de ontem foram as maiores da história do país com milhões de pessoas nas ruas de várias cidades do país.
Para além de sete mortos, o último balanço das autoridades egipcías indica mais de 600 feridos.
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Os que protestam contra Mohamed Morsi dizem que, depois de um ano à frente do país, o presidente se esqueceu dos pobres, da economia e do turismo, aproveitando para concentrar o poder nas mãos dos islamitas.
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No Cairo, os protestos concentraram-se na praça Tahrir e junto ao palácio presidencial. O quartel general da irmandade muçulmana, o partido do presidente, foi atacado com cocktails molotov e pedras.
Polícias e militares foram convocados para defender edifícios estratégicos e os hospitais foram colocados em alerta máximo.
O clima de contestação alastrou por todo o país, já se ouvem alertas para o perigo de uma guerra civil.
Mohamed Morsi já veio dizer, através de um porta-voz ,que o diálogo é a única maneira de chegar a um acordo e que está dísponivel para conversar, tendo também apelado aos manifestantes para que protestem de forma pacífica.
Palavras do presidente que não convenceram o líder da Frente de Salvação Nacional, Mohamed El Baradei,que desafiou os egipcíos
a sair à rua e a exigir eleições antecipadas porque o país está a caminhar para o colapso.
O antigo Nobel da Paz justificou os protestos numa frase: o Egito deu uma carta de condução a Morsi mas o presidente não sabe conduzir.