Pequim rejeitou a libertação do prémio Nobel da Paz 2011, Liu Xiaobo, pedida por 134 laureados com a mesma distinção, reiterando que o ativista chinês é «um criminoso».
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A iniciativa partiu de Desmond Tutu, Nobel da Paz em 1984, e rapidamente recebeu o apoio de mais 133 premiados com Nobel em seis áreas, como a Literatura, Medicina ou Economia.
Nomes como Ramos Horta, Dalai Lama, Mario Vargas Llosa,Tony Morrisson ou John Gurdon, um dos laureados com o Nobel da Medicina este ano, pedem a libertação incondicional e imediata do escritor e dissidente e da sua mulher, Liu Xia.
Os subscritores consideram que nenhum governo pode restringir a liberdade de pensamento e de associação e garantem que não querem embaraçar o regime chinês, mas incentivar a adoção de atitudes diferentes que permitam o desenvolvimento de todo o povo.
Os galardoados defendem que a chegada ao poder do futuro presidente Xi Jin Ping abre a oportunidade para novas ideias e para a promoção dos direitos dos chineses.
Um primeiro passo seria a libertação do Nobel da Paz que, recordam, é o único vencedor do prémio que ainda está na prisão.
Em 2009, Xiaobo foi condenado a 11 anos de prisão acusado de tentativa de subversão do estado. Já a mulher de Liu Xiabo está em prisão domiciliária desde o dia em a Academia Nobel anunciou que ele era o vencedor do prémio da Paz, mas até agora não lhe foi feita qualquer acusação.