A polícia turca deteve cerca de 600 pessoas no domingo durante as manifestações de protesto no centro de Istambul e também em Ancara, adiantou a agência AFP.
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Durante todo o dia, a polícia fez intervenções com canhões de água, granadas de gás lacrimogéneo e balas de plástico contra milhares de manifestantes que tentavam aproximar-se da praça Taksim, epicentro das revoltas desde há quase três semanas.
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A emblemática praça foi evacuada de surpresa na tarde de sábado, mas as cargas policiais sucederam-se desde então nos arredores.
Grande parte dos 460 detidos foi apanhada pela polícia no bairro de Cihangir, uma zona residencial de classe média que desde o início dos protestos foi o centro do descontentamento popular.
Os detidos, entre os quais um cidadão britânico e vários jornalistas turcos, foram transportados para a praça Taksim e fechados em autocarros da polícia.
Também em Ankara foram detidas entre 100 a 130 pessoas.
A organização de direitos humanos Amnistia Internacional fez hoje um apelo ao Governo turco para que ponha fim ao isolamento dos detidos e lhes permita contactar os seus advogados.
Ontem, num comício em Istambul, o chefe do governo turco considerou que tem como dever limpar a praça Taksim de revolta e protestos que se mantêm há cerca de duas semanas. O primeiro-ministro turco alertou ainda para a necessidade de se travar a atual situação do país, que apelidou de «insuportável».
Num discurso proferido perante milhares de apoiantes num comício em Istambul, Recep Tayyip Erdogan pediu às pessoas para não aderirem às manifestações dos últimos dias na Turquia.
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