Está a acontecer outra vez. Os serviços secretos norte-americanos avisam que os russos estão de novo a tentar influenciar as presidenciais.
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A 9 meses das eleições para a Casa Branca os russos estão de novo em ação. Os serviços secretos estiveram reunidos com a comissão de inteligência do Congresso para lhe darem conta das atividades russas de apoio à reeleição de Donald Trump.
O presidente norte-americano ficou furioso com a decisão de informar os congressistas queixando-se de que os democratas iam usar a informação contra ele.
A polémica surge numa altura em que se sabe que o diretor interino dos serviços secretos vai abandonar o cargo. Mesmo assim Joseph Maguire não escapou a uma repreensão de Trump. O presidente ficou particularmente irritado por o representante Adam B. Schiff, democrata líder do processo de destituição, ter estado no briefing.
Durante a reunião em que foi dada a informação os aliados de Trump recusaram que os russos estivessem a ajudar o presidente defendendo que a administração tem sido muito dura com Moscovo. Os congressistas republicanos deram mesmo o exemplo da venda à Ucrânia de armamento antiblindagem e da insistência para que os europeus deixem de depender da energia russa.
Todos os dados recolhidos apontam para a mesma forma de atuação. A Rússia quer que os americanos desconfiem do sistema eleitoral e quer colocar os americanos contra eles próprios de forma a que a unidade nacional fique enfraquecida. Desta vez os russos estão a usar servidores nos Estados Unidos porque sabem que os serviços secretos não podem realizar investigações em território nacional. Apenas o FBI e os serviços de segurança interna podem agir apesar de poderem ter a ajuda das diversas organizações dos serviços secretos.
Há também informações de que os russos conseguiram infiltrar-se no departamento contra a guerra cibernética do regime iraniano. A ideia será realizar ações de uma forma que leve os Estados Unidos a apontarem o dedo aos iranianos.
Regressando ao briefing em que todas estas informações foram fornecidas aos congressistas, tanto os democratas como os republicanos pediram para ter acesso ao material que levou à conclusão de que a Rússia está novamente a favorecer a eleição de Trump. Para além das presidenciais os serviços informaram que também desconfiam que a Rússia esteja a tentar influenciar as primárias.